INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E A CONTRIBUIÇÃO PARA O SEU AVANÇO PESSOAL E PROFISSIONAL

Inteligência emocional é um termo que se popularizou nas conversas corporativas no mundo inteiro. Mas você sabe o que ter essa característica significa? Você consegue aplicá-la no seu dia a dia? E como será que um especialista pode te ajudar a encontrar esse caminho de desenvolvimento emocional?

A melhor técnica para você desenvolver a sua inteligência emocional, sem dúvida é a informação. Por isso, trouxemos neste artigo tudo que você precisa saber sobre esse termo, dicas e a avaliação dos especialistas Zenklub.

O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?

O conceito de Inteligência Emocional surgiu em 1990 e foi proposto pelos pesquisadores Peter Salovey (Universidade de Yale) e John Mayer (Universidade de New Hampshire), que o definiram como “a habilidade para controlar os sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar essa informação para guiar as ações e os pensamentos”.

Ou seja, é a sua capacidade de identificar e administrar em si próprio e nas pessoas com as quais você interage, as emoções que estão sendo vividas em diferentes momentos.

O conceito só se popularizou cinco anos depois, com a publicação do livro “Inteligência Emocional” (Editora Objetiva), do psicólogo californiano Daniel Goleman. Com base no conceito de Salovey e Mayer, Goleman acrescentou às habilidades cognitivas atributos de personalidade, como a capacidade de motivar a si mesmo, de controlar os impulsos, de sentir empatia e confiar nos demais, dentre outras, criando o que ele chamou de modelo misto que é dividido em cinco domínios.

OS 5 DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

  1. Domínio das próprias emoções: refere-se a sua autoconsciência, incluindo autoconfiança e a capacidade de reconhecer um sentimento quando ele ocorre e assim controlá-lo para ter maior autonomia sobre a própria vida;
  2. Lidar com emoções: é a sua habilidade para lidar apropriadamente com os seus sentimentos, confortando-se ou livrando-se das emoções negativas;
  3. Motivar-se: quando você cria uma meta emocional para ser atingida, desenvolvendo, a partir da ferramenta de autocontrole emocional, a automotivação, otimismo e a criatividade. Entenda autocontrole emocional como repressão a impulsos e adiamento do prazer para atingir uma recompensa maior;
  4. Reconhecer as emoções nos outros: quando você tem a capacidade de reconhecer sinais sutis que exprimem o que as outras pessoas querem ou precisam;
  5. Lidar com relacionamentos: é a chave para a popularidade e a liderança. É quando você adquire a competência de lidar com as emoções dos outros e melhora o trabalho em equipe.

SÃO TANTAS EMOÇÕES

A psicóloga e especialista em abordagem junguiana do Zenklub, Simone Cortez, detalha melhor a importância do item 2 da lista de domínios da inteligência emocional:

“Com a vida moderna, corrida e competitiva, e com foco nos resultados, fomos perdendo a capacidade de entrar em contato com as nossas emoções. As emoções são tidas como fraquezas, principalmente no mundo corporativo. Através do autoconhecimento, conseguimos entrar em contato com nossas emoções e sentimentos. Podemos sentir onde cada situação nos toca. Podemos nomear sentimentos, aprender como lidar com eles e a exercitar a empatia”, diz.

Existem alguns caminhos para desenvolver essas habilidades, como explica a psicóloga do Zenklub, Claudia Comaru: “A inteligência emocional pode ser desenvolvida, por exemplo, através de técnicas de comunicação, de consciência corporal, de atenção plena. Através da prática com as situações do cotidiano é possível conhecer as “armadilhas” que podem afetar nossa percepção”.

A psicóloga Simone Cortez completa: “Existe um saber mais profundo dentro de nós, a chamada intuição. E ela só é acessada através das emoções. [É preciso que nós] deixemos a racionalidade para lidar com problemas de cálculos, por exemplo. Mas com questões que envolvam sentimentos, temos outras, muitas, ferramentas dentro de nós para usarmos”.

E O FUTURO?

Um relatório publicado em 2016 pelo Fórum Econômico Mundial afirmou que, até 2020, haverá uma mudança nas habilidades mais requisitadas para a maioria das ocupações. Muitas das alterações previstas para os próximos quatro anos dentro da chamada Quarta Revolução Industrial (marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas) estão ligadas às habilidades que ainda não podem ser realizadas pelas máquinas.

De acordo com o relatório, áreas como infraestrutura, mobilidade e finanças serão profundamente impactadas nos próximos anos. Nesse contexto, habilidades como capacidade de se adaptar e a flexibilidade ganham ainda mais importância quando se fala em competências profissionais.

Mas, o que os profissionais podem fazer por si mesmos quando as habilidades mais exigidas não são competências ensinadas em cursos de graduação ou especialização? A resposta é desenvolver a Inteligência Emocional, habilidade já tão valorizada por gestores e recrutadores.

“Profissionais com inteligência emocional tendem a tomar decisões mais conscientes do que aqueles que não possuem. Consequentemente podem fazer escolhas profissionais mais alinhadas com o seu propósito, sentindo-se mais satisfeitos com seu trabalho”, afirma Claudia Comaru.

DICAS PARA PRATICAR A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Além da ajuda de um profissional especializado, como psicólogos e coaches, você também pode começar a praticar alguns hábitos por conta própria para começar a entender como a inteligência emocional faz sentido na sua vida e no seu perfil pessoal e, principalmente, profissional. Veja as dicas:

1) Observe e compreenda o seu comportamento diante das situações;

2) Deixe de lado as emoções negativas;

3) Exerça a sua capacidade de ter empatia;

4) Não perca o foco diante de situações estressantes ou de ansiedade;

5) Não descarte sentimentos pensando em fugir deles, aprenda a compreender todos eles;

6) Encontre mais espaço para pensar e responder do que reagir por impulso;

7) Respeite os seus limites.