EAD ou aulas remotas e algum lado bom

A maioria dos professores ainda não estão preparados para essa metodologia (sim, é totalmente diferente) e a maioria dos alunos também não estão. Não foi lá uma escolha, não é mesmo? Já tive aulas com lousa digital, leitura de slides enormes, atividade obrigatória com sistema instável e quarenta páginas para leitura. Fora que é cansativo ficar na tela do computador e se concentrar apenas na aula, alguns sentem como se não estivessem estudando ou aprendendo. E temos o plus de haver uma pandemia acontecendo no mundo. Tem também nossa querida família que não sabe fazer silêncio e acha que estamos jogando ou batendo papo e enrolando pra lavar a louça. O último, às vezes, sejamos sinceros. 

A princípio, esta que vos fala era uma total adepta ao EAD e o defendia com afinco. Veja bem, o ead – ou as aulas remotas – não precisam ser assistidas com data e hora definida e você pode se dedicar no seu tempo, mesmo que dentro do possível, há mais possibilidades. Podemos voltar na aula quando bem entender e, ainda, não preciso pegar trânsito, chuva e subir cinco andares porque tem fila no elevador ou pagar sete reais no croissant. Com uma boa dose de privilégio e excluindo cursos e matérias específicas e a questão isolamento, o que é uma louça na pia perto disso, minha gente? 

Ainda, temos a problematizadora entrando em ação. Se a nossa vida sofre frequentes mudanças, porque deveríamos nos prender a um horário de aulas por quatro ou cinco anos? Eu não sei. Custo entender por que há essa sofrência de sair correndo atrás do ônibus de manhã para chegarmos esbaforidos ou atrasados porque tinha um problema urgente no trabalho. Que opressão, meus amigos. Organizai-vos! 

E se ainda não fez sentido, te convido a pesquisar sobre tipos de aprendizagem. O processo é distinto para cada um e em aulas a distância temos mais facilidade de nos encontrarmos e adaptar o estudo para a forma que fizer mais sentido, seja visual, intelectual, auditiva, cinestésica ou um pouco de todos. 

Explicando, tem gente que aprende fazendo mapas mentais e fluxos, outras precisam da sala de aula, de grifar os livros e usa fielmente os cadernos até o último dia de aula e nos salvam com frequência, não é mesmo? Temos também a galera que se dá super bem com plataformas de vídeos, podcasts e aqueles que aprendem quando ensinam ou atuam na prática. Será que ainda não selecionamos formas diferentes de aprender, pois estamos condicionados ao que nos foi dito como ideal? Fez sentido por aí?